“O sentido de público entre nós é diferente do sentido de público de alguns outros povos… Um governante, nesse contexto de países, especialmente anglo-saxônicos, diz ‘eu sou um servidor público, estou aqui para servir ao público’. Fala cheio de orgulho, porque serve ao povo. Aqui no Brasil, a autoridade se sente desligada do povo, não tem nada a ver com o povo, comporta-se como dono das coisas e pensa o povo como objeto da sua ação. O sentido de público, no Brasil, até na linguagem normal, é um sentido diferente. E a prova, a tradução – isto é elucubração acadêmica – a prova, a tradução concreta disso está nas nossas ruas, nas nossas praças, nas nossas praias, nos nossos prédios públicos etc., no desleixo, nos maus tratos que sofrem, não só das autoridades e dos funcionários, mas também do próprio povo” (Geraldo Ataliba)

“Não se medem as penas pela insensibilidade do réu, mas sim pelo dano público tanto maior quanto é ocasionado pelo mais favorecido” (Cesare Beccaria).

“A toga é o escudo e manto protetor do cidadão. Todos, do Chefe do Poder Executivo aos sem-terras, do Senador da República aos mutuários da casa própria, do general ao soldado, do rico ao pobre, da poderosa empresa ao microempresário, do delegado de polícia ao preso, da maioria aos grupos minoritários, todos – inclusive o próprio juiz – procuram o Judiciário, em busca de proteção aos seus direitos” (Fernando da Costa Tourinho Neto).