Penso em ti
Eu penso em ti nas horas de tristeza
quando rola a esperança emurchecida
nas horas de saudade e morbideza.
Ai! Só tu és minha ilusão querida.
Eu penso em ti nas horas de tristeza.
(Castro Alves)
“Não confundir, na sua generosa indignação, justiça com cólera e vingança” (Ruy Barbosa)
Eu penso em ti nas horas de tristeza
quando rola a esperança emurchecida
nas horas de saudade e morbideza.
Ai! Só tu és minha ilusão querida.
Eu penso em ti nas horas de tristeza.
(Castro Alves)
Deixe o passado sorrir na lembrança,
quieto, calmo, nada mais,
não atice o passado com esperança,
o passado, fera sonífera da paz,
quando no presente acorda,
levanta, porém, voraz,
quando se move para o futuro,
dá um salto mortal para trás.
Ninguém
oferece flores.
A flor,
em sua fugaz existência,
já é a oferenda.
Talvez, alguém,
de amor,
se ofereça em flor.
Mas só a semente
oferece flores.
(Mia Couto)
“Todas coradas, risonhas, elegantes e felizes. Vendo-as, dizia eu comigo: “A mocidade é isto!” É a alegria, o gozo, a beleza, o conjunto de todas as primícias ideias que pode ter a vida! Juventude! Não sou digna de ti!” (Júlia Lopes de Almeida, Memórias de Martha).
“A multidão, de repente, tornou-se visível, e instalou-se nos lugares preferentes da sociedade. Antes, se existia, passava inadvertida, ocupava o fundo do cenário social; agora adiantou-se até às gambiarras, ela é o personagem principal. Já não há protagonistas: só há coro” (José Ortega y Gasset)