Serenata
Em teus travessos olhos,
mais lindos que as estrelas,
do espaço, às furtadelas,
mirando o escuro mar,
em teu olhar tirânico,
cheio de vivo fogo,
meu ser, minh’alma afogo
de amor a suspirar…
Ai! Quebra-me estes ferros
fatais que nos separam,
os doidos que os forjaram
não sabem, não, amar.
dá-me teu corpo e alma,
e, à luz da liberdade,
Oh! Minha divindade
corramos a folgar.
(Fagundes Varela)