A noite serve
A noite serve
para delírios
lírios
cílios
nas ilhas
pilhas
de filhas
da ilusão;
a noite serve
para espíritos
ritos
gritos
atritos
devaneio
de aflito
no agito
de um
corpo
para lábios
vermelhos
do espelhar
em imitação
que amealha
a centelha
da verve
que ferve
enerva
a febre
dalguma
breve
espuma
da bruma
que faz
aprumar
desacordando
a solidão.