Poemas Transcritos - Terminal Asa Sul

20/ 01 /2020

Terminal Asa Sul

Olhando no olho do efêmero

me vi

desfazia-me, no tempo.

Não é o dia que finda

não é o rio que passa

Sou eu quem corta o vento

Sou água, que no mar deságua

 

Cada vinco em minha testa

cada fio que desfolha do pé

Instante, seguido por outro,

Cada vez mais débil, o corpo

 

Dia-a-dia

Nu com minha alma

Sou eu que passo

Sou eu

Eu que passo

Não o tempo

Sou eu que passo pelo tempo.

(Rogério Miranda da Silva, Corações Libertários)

 

categoria: Poemas Transcritos