(“Poema”) inexplicável
Mais um dia como outro em que desatendes o pesado,
em que subentendes o recado, em que recordas demais,
desenervado mexer de ósseos, a garganta nesga vazia,
subsequente língua nos dentes, mais um dia de silêncio,
silício, corticoide, faca no pescoço, mais um dia a mais,
em que reconheces cinco da manhã originárias vis manias,
mais um dia como outro com o cinto apertado imbróglio
a desmembrar vaidades e verdades ou serão fantasmas,
pretenso desembestar de fatos remediados translúcidos,
um expoente cós dos apertos na madrugada do perdão.
vso