Citações sobre Juristas - Nelson Hungria Hoffbauer

01/ 06 /2014

Nelson Hungria Hoffbauer

“Um dos jornais do Rio de Janeiro, que noticiou a morte do princípe dos penalistas brasileiros, referiu que, naqueles instantes de despedida, Nelson Hungria teria dito aos filhos mais ou menos assim: logo mais, quando estiverem me levando e eu não puder falar saibam que estarei dizendo em silêncio: aqui vai o Nelson, muito a contragosto. Aquele foi o dia 26 de março de 1969. A teoria e prática do direito criminal em nosso país não conheceram expressão mais fulgurante de mestre e humanista. Nos mais diversos e longínquos mundos da realidade e da imaginação dos casos criminais, ele foi, e continua sendo, pela obra imortal, o personagem, o ator e o espectador da divina comédia da existência. Infernos, purgatórios e paraísos, todos os cenários dantescos da vida cotidiana foram esculpidos e interpretados em suas lições. A imensa obra de Nelson Hungria é um dos modelos ambulantes da vida, da paixão, da morte e da ressurreição da palavra como sagração e canto da condição humana” (René Ariel Dotti).

[Nelson Hungria. 1891-1969. Penalista mineiro. Ingressou na Faculdade de Direito aos 14 anos, formou-se aos 18 anos e aos 19 anos, em 1909, assumiu o cargo de Promotor de Justiça; aprovado em primeiro lugar no concurso exerceu o cargo de Juiz de Direito e depois Desembargador do Tribunal de Justiça do antigo Distrito Federal. Tomou posse no cargo de Ministro do Supremo Tribunal Federal em 1951 e depois de aposentado voltou a advogar, sem nunca ter deixado de proferir palestras e publicar livros e artigos. Foi livre-docente de direito penal na Faculdade Nacional do Rio de Janeiro. É considerado um dos maiores penalistas brasileiros, sendo de sua autoria os Comentários ao Código Penal em 8 volumes, além outras e sedimentadas obras jurídicas publicadas no Brasil e no exterior. Ficou conhecido por muitos como o “Príncipe dos Criminalistas Brasileiros” – VSO]

 

categoria: Citações sobre Juristas n