A partir de Kafka
A metamorfose é a noite
e não à noite.
Não sabemos como vamos chegar
amanhã, à manhã.
Por onde fomos ou fomos levados:
tresnoitados ou dormidos.
No escuro ou em claro
para a ratoeira do gato
ou para o gato engatilhado
esperando o corredor
se acabar no fim das paredes paralelas
que no infinito se juntam
desembocando no beco inevitável
desatinado e destinado.
(Armando Freitas Filho)