Citações Literárias

20/ 11 /2022

Poeta

“Um poeta não escreve o que quer, senão o que consegue” (Ana Miranda, Boca do Inferno – romance)

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01/ 11 /2021

Navio

“Mas, cedendo a meus impulsos, obedeci cegamente aos ditames da minha fantasia e não aos da razão. Assim, com o navio equipado, o carregamento em ordem e tudo perfeitamente disposto conforme combinado, subi a bordo numa hora nefasta, a 1º de setembro de 1659, no mesmo dia em que, oito anos atrás, abandonara meu pai e minha mãe, em Hull, para agir como um rebelde diante da autoridade deles e como um tolo em relação aos meus próprios interesses” (Daniel Defoe, As aventuras de Robinson Crusoé).

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07/ 09 /2021

Homens e Mulheres

“O homem tem traços rudes, pele rugosa, barba cerrada que o envelhece e tudo isso significa sabedoria. As mulheres, com seu rosto sempre liso, com sua voz sempre meiga, com sua pele macia, têm os atributos da eterna juventude. Além do mais, que outra preocupação têm as mulheres nesta vida, senão a de proporcionar aos homens o maior prazer possível? Não será essa a única razão de tantos enfeites, de maquiagem, de banhos, de penteados, de aromas, de perfumes e de toda essa arte de se arrumar, de se pentear, de maquiar o rosto, os olhos e a pele? E não é a Loucura que as leva a ter ascendência sobre os homens? Eles prometem tudo a elas e em troca de quê? Do prazer. Mas elas só o concedem pela Loucura. Isso é tão evidente, que basta pensar nas tolices que o homem conta à mulher, nas loucuras que comete por ela, sempre que se propõe a ter com ela momentos de prazer” (Erasmo de Rotterdam, Elogio da Loucura)

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04/ 07 /2021

Antigos

“Ó ruas antigas! Ó casas antigas! Ó pernas antigas! Todos nós éramos antigos, e não é preciso dizer que no mau sentido, no sentido de velho e acabado” (Machado de Assis, Dom Casmurro)

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13/ 06 /2021

Enigma do Amor

“Amor de homem e mulher: enigmas, mistérios e equívocos traçados numa rede de quebra-cabeças, charadas e adivinhações sem chaves nem conceituações” (Millôr Fernandes)

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21/ 04 /2021

Inimigos e Medos

“O homem não é inimigo da mulher. A mulher não é inimiga do homem. Na verdade, não existe inimigo. O inferno não é o outro, mas está dentro de cada um de nós, em nossos medos” (Roberto T. Shinyashiki)

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28/ 03 /2021

Remédios

“Quando os remédios não têm bastante eficácia para curar a enfermidade, é necessário curar os remédios, para que os remédios curem o enfermo; para se curar uma enfermidade, vê-se em que peca a enfermidade: para se curarem os remédios, veja-se em que pecaram os remédios” (Padre Antônio Vieira)

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27/ 02 /2021

Mulheres do Campo

“Maria estava magra, parecia ter uma fome permanente. Seu corpo miúdo tinha manchas púrpuras, era possível ver à luz do dia. Mulher bonita, minha mãe diria, mas maltratada. Todas nós, mulheres do campo, éramos um tanto maltratadas pelo sol e pela seca. Pelo trabalho árduo, pelas necessidades que passávamos, pelas crianças que paríamos muito cedo, umas atrás das outras, que murchavam nossos peitos e alargavam nossas ancas” (Itamar Vieira Junior, Torto arado)

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01/ 11 /2020

Tarde de Novembro

“Mas é tempo de tornar àquela tarde de novembro, uma tarde clara e fresca, sossegada como a nossa casa e o trecho da rua em que morávamos. Verdadeiramente foi o princípio da minha vida; tudo o que sucedera antes foi como o pintar e vestir das pessoas que tinham de entrar em cena, o acender das luzes, o preparo das rabecas, a sinfonia… Agora é que eu ia começar minha ópera. ‘A vida é uma ópera’, dizia-me um velho tenor italiano…” (Machado de Assis, Dom Casmurro)

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03/ 10 /2020

Depois do Antônio

Era o vigésimo Antônio de sua família… Vez ou outra ouvia histórias de outros Antônios que o antecederam. “Grande Antônio, morreu na guerra. Patriota honroso!”. “Pobre Antônio, tão novo, morreu de desgosto” ou então “Antônio, aquele salafrário, como tinha mau caráter o sujeito.”. Foi quando passou a inventar razões para gostar do nome que tinha. Ora, se todos eram Antônios, como saberão qual Antônio foi dono de qual vida? “Se quiser, posso roubá-las todas para mim.” – ele pensou. Antônio, o guerreiro! Antônio, o sofredor! Antônio, o malandro! E assim, determinou: “De hoje em diante, sou vinte Antônios diferentes!”. Antônio, o guerreiro, acordava de manhã cedo, nas segundas e quartas-feiras, para trabalhar… Antônio, o sofredor, acordava às dez, nas terças e quintas-feiras, para lamentar… Antônio, o malandro, acordava meio dia, nas sextas-feiras, para se esquecer… Só não se esquecia de seu nome: Antônio… Nos fins de semana, Antônio se perdia, não sabia quem seria. Acabava por virar uma mistura de todos os outros. Já quase nem se lembrava de qual Antônio ele era”… (Carolina Inez. Vencedora do IV Concurso “Bom Viver” de Contos-Crônicas Habeas Liber/2020/UnB).

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